Lágrimas do Rio Mar, O rio Amazonas / Tears of the Sea River, The Amazon River
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Detalhes Técnicos:
Tamanho variável; instalação com um lote 1100 papeis em cores sortidas em formato de gota, feitos a partir de 275 folhas 210 x 297 mm. Cinco fotografias impressas em fine art, 297x420mm. Papel, madeira, tinta acrílica, parafusos e fios em poliéster.
2023
Descrição:
"Rio Mar" (Mar de Rio) é um termo amplamente utilizado pelas populações do Norte do Brasil para descrever o Rio Amazonas. No entanto, no Nordeste brasileiro, Rio Mar possui uma conotação diferente: é o nome de uma rede de shopping centers, simbolizando o capitalismo, conglomerados de lojas, redes de fast-food e franquias globais.
A instalação apresenta notícias sobre o Rio Amazonas em oito idiomas diferentes, impressas em 1.100 papéis coloridos — uma referência direta aos 1.100 afluentes do rio. Cada papel tem proporções semelhantes às de uma tela de smartphone, enfatizando como as informações são consumidas na era digital. Em cada folha está incorporada uma captura de tela de notícias reais, acompanhada de um QR Code que direciona o público à fonte original.
Visualmente, a obra dialoga com a cultura nordestina brasileira, remetendo à literatura de cordel, uma forma tradicional de literatura local impressa em papéis coloridos e frequentemente acompanhada por ilustrações em xilogravura. As folhas são recortadas em forma de gotas de água, representando simbolicamente cada afluente do Rio Amazonas.
"Rio Mar" convida à reflexão sobre a disseminação da informação e como as notícias moldam o imaginário cultural e coletivo de um lugar. A obra questiona a relação entre o global e o local, destacando como a mídia e a informação constroem as percepções sobre o Norte do Brasil e o Rio Amazonas.
┃EN┃
Technical Details:
Variable size; Installation with a batch of 1100 papers in assorted colors in teardrop format, made from 275 sheets 210 x 297 mm. Five photographs printed in fine art, 297x420mm. Paper, wood, acrylic paint, screws, and polyester threads.
2023
Description: "Rio Mar"(River Sea) refers to a term widely used by people in Northern Brazil to describe the Amazon River. However, in Northeastern Brazil, Rio Mar has a different connotation: it is the name of a chain of shopping malls, symbolizing capitalism, conglomerates of stores, fast-food chains, and global franchises.
The installation features news about the Amazon River in eight different languages, printed on 1,100 colored papers — a direct reference to the river’s 1,100 tributaries. Each paper is proportional to the size of a smartphone screen, emphasizing how information is consumed in the digital age. Embedded in each paper is a screenshot of real news articles, along with a QR Code linking to the original source.
Visually, the work connects to Northeastern Brazilian culture, evoking literatura de cordel, a traditional form of local literature printed on colored papers and often accompanied by woodcut illustrations. The sheets are shaped like drops of water, symbolically representing each tributary of the Amazon River.
"Rio Mar" invites reflection on the dissemination of information and how news shapes the cultural and collective imagination of a place. The work questions the relationship between the global and the local, highlighting how media and information construct perceptions of Northern Brazil and the Amazon River.
Projeto selecionado e desenvolvido no edital "Panapaná - Novembro das Artes Visuais" pela Fundação Espaço Cultural — FUNESC.
Project selected and developed for the grant "Panapaná - November of Visual Arts" financed by Fundação Espaço Cultural — FUNESC.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB. Exposição ‘Natureza e Natureza imaginada’, 2023 – 2024, na Galeria Archidy Picado, do Espaço Cultural. / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Lonelas. Location: João Pessoa - PB. Exhibition ‘Nature and Imagined Nature’, 2023 – 2024, at Galeria Archidy Picado, at Espaço Cultural.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB. Exposição ‘Natureza e Natureza imaginada’, 2023 – 2024, na Galeria Archidy Picado, do Espaço Cultural. / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Lonelas. Location: João Pessoa - PB. Exhibition ‘Nature and Imagined Nature’, 2023 – 2024, at Galeria Archidy Picado, at Espaço Cultural.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB. Exposição ‘Natureza e Natureza imaginada’, 2023 – 2024, na Galeria Archidy Picado, do Espaço Cultural. / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Lonelas. Location: João Pessoa - PB. Exhibition ‘Nature and Imagined Nature’, 2023 – 2024, at Galeria Archidy Picado, at Espaço Cultural.
Minha obra "Lágrimas do Rio Mar, o Rio Amazonas" constrói uma narrativa onde a simplicidade geométrica se mescla com uma profundidade simbólica. Inspirada pela visão de Milton Santos sobre paisagem como um conjunto de formas que expressam as heranças das sucessivas relações entre o homem e a natureza.
Para os habitantes do norte, o Rio Amazonas supera a mera definição de um rio; ele se torna um "mar" em virtude de sua magnitude, extensão e volume d'água. Essa denominação não apenas reflete uma realidade geográfica, mas também expressa uma relação profunda e íntima com esse curso d'água colossal. Ao chamá-lo de "mar," os nativos atribuem a ele uma grandiosidade que vai além das palavras, influenciando diretamente a percepção da paisagem e da própria identidade cultural.
Ao incorporar essa perspectiva na minha obra, brinco com essas referências culturais para moldar a paisagem segundo minha percepção de herança e formas. A escolha de utilizar lágrimas em formato geométrico e a quantidade específica de 1100, representando os afluentes do Rio Amazonas, não é apenas uma representação visual; é uma expressão simbólica da herança cultural que moldou minha visão.
A brincadeira com a nomenclatura e a grandiosidade do "mar" do norte brasileiro é uma exploração poética, desafiando a percepção convencional de paisagem e classificação formal da geografia brasileira. Ao criar uma narrativa visual que utiliza elementos culturais e geográficos como matéria-prima, minha obra torna-se uma interpretação pessoal e única da herança que carrego como alguém que nasceu norte do Brasil e migrou para morar o nordeste, uma metamorfose contínua que transcende as fronteiras geográficas.
A escolha do formato, cores e disposição das lágrimas geométricas não é apenas uma homenagem estética, mas uma celebração simbólica das icônicas bandeiras de São João. Essas bandeiras, além de evocarem tradições festivas, transformam-se em elementos geométricos simples que expressam, de maneira minimalista, a riqueza cultural e ambiental da paisagem brasileira.
Ao fazer referência ao São João, estabeleço uma conexão pessoal e cultural entre as duas regiões que habitei. Nascida em Porto Velho, Rondônia, natural do norte brasileiro e afluente do Rio Madeira, e hoje residindo na em João Pessoa, na Paraíba, a obra é uma síntese visual e conceitual dessas vivências. A escolha da referência ao São João não é apenas uma homenagem à tradição nordestina, mas também uma ponte entre as diferentes regiões do Brasil que moldaram minha percepção.
Essa obra, parte do projeto "Panapaná" — significando "borboletas" em tupi guarani — passa por uma metamorfose contínua, ocupando três espaços e ações expositivas interligadas. Também visa criar essa metamorfose cultural que enfrentei na transição entre regiões, fatores sociais e paisagens.
Assim, a obra não apenas presta homenagem às tradições culturais e à visão nativa da paisagem, mas também convida o espectador a participar de uma experiência poética, estabelecendo novas percepções sobre a natureza e a cultura. Essa interação entre a herança cultural, formas geométricas e a rica nomenclatura regional resulta em uma obra que não apenas representa, mas também interpreta e dialoga com a paisagem.
My artwork, "Tears of the Sea River, the Amazon River," weaves a narrative where geometric simplicity intertwines with a symbolic depth. Inspired by Milton Santos's perspective on landscape as a collection of forms expressing the legacies of successive relationships between humans and nature.
The Amazon River is more than just a river to the people of the north. It is a "sea" because of its size, length, and volume. This designation not only reflects a geographical reality but also expresses a deep and intimate connection with this colossal watercourse. By calling it the "sea," the natives attribute to it a grandiosity that goes beyond words, directly influencing the perception of the landscape and their cultural identity.
In incorporating this perspective into my artwork, I play with these cultural references to shape the landscape according to my perception of heritage and forms. The choice to use tear-shaped geometric forms, totaling 1100 and representing the tributaries of the Amazon River, is not just a visual representation; it is a symbolic expression of the cultural heritage that shaped my vision.
The playful exploration of the nomenclature and grandiosity of the "sea" in northern Brazil is a poetic journey, challenging conventional perceptions of the landscape and formal classification of Brazilian geography. By creating a visual narrative that uses cultural and geographic elements as raw material, my work becomes a personal and unique interpretation of the heritage I carry as someone who was born in the north of Brazil and migrated to live in the northeast, a continuous metamorphosis that transcends the geographic borders.
The selection of the format, colors, and arrangement of the geometric tears is not merely an aesthetic homage but a symbolic celebration of the iconic São João flags. These flags, beyond evoking festive traditions, transform into simple geometric elements expressing, in a minimalist manner, the cultural and environmental richness of the Brazilian landscape.
By referencing São João, I establish a personal and cultural connection between the two regions I have inhabited. Born in Porto Velho, Rondônia, a native of the northern Brazilian region and a tributary of the Madeira River, and now residing in João Pessoa, Paraíba, the artwork is a visual and conceptual synthesis of these experiences. The choice of referencing São João is not only a tribute to the northeastern tradition but also a bridge between the different regions of Brazil that have shaped my perception.
This artwork, part of the "Panapaná" project — meaning “butterflies” in Tupi Guaraní — undergoes a continuous metamorphosis, occupying three interconnected spaces and exhibition actions. It also aims to create a cultural metamorphosis I faced in the transition between regions, social factors, and landscapes.
Thus, the work not only pays homage to cultural traditions and the native vision of the landscape but also invites the viewer to participate in a poetic experience, establishing new perceptions about nature and culture. This interaction between cultural heritage, geometric shapes, and rich regional nomenclature results in a work that not only represents but also interprets and dialogues with the landscape.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Foto: Thercles Silva. Local: João Pessoa - PB. Exposição ‘Natureza e Natureza imaginada’, 2023 – 2024, na Galeria Archidy Picado, do Espaço Cultural. / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Thercles Silva. Location: João Pessoa - PB. Exhibition ‘Nature and Imagined Nature’, 2023 – 2024, at Galeria Archidy Picado, at Espaço Cultural.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Foto: Thercles Silva. Local: João Pessoa - PB. Exposição ‘Natureza e Natureza imaginada’, 2023 – 2024, na Galeria Archidy Picado, do Espaço Cultural. / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Thercles Silva. Location: João Pessoa - PB. Exhibition ‘Nature and Imagined Nature’, 2023 – 2024, at Galeria Archidy Picado, at Espaço Cultural.
A obra foi inspirada na experiência da artista ao utilizar a inteligência artificial (IA) para gerar imagens da paisagem brasileira, que predominantemente, destacava praias e a floresta amazônica, deixando de lado biomas igualmente importantes. A artista, natural de Rondônia, percebeu a importância de desafiar esses clichês e escolheu representar o Rio Amazonas por meio de 1100 papéis em formato de gota d’água dispostos na areia da praia. Cada papel contém notícias sobre o Rio Amazonas ao redor do mundo em onze idiomas diferentes, acessíveis através de QR codes. A obra, pensada em três fases, transforma os papéis após sua exposição na praia em uma instalação com papéis suspensos e, posteriormente, em material reciclável. Lágrimas do Rio Mar, o Rio Amazonas desafia estereótipos e chama a atenção para a importância do Rio Amazonas, aumentando a conscientização sobre seu papel na formação de opiniões globais. Além disso, a obra promove a sustentabilidade, envolvendo o público em oficinas de reciclagem de papel e contribuindo para pensar aspectos ambientais, em pautas relacionadas à Amazônia, como por exemplo a extração de petróleo na região, que representa um risco para o Rio Amazonas.
Texto curatorial por Rita de Cássia do Monte Lima.
The artwork was inspired by the artist's experience using artificial intelligence (AI) to generate images of the Brazilian landscape, which predominantly highlighted beaches and the Amazon rainforest, overlooking equally important biomes. The artist, a native of Rondônia, recognized the importance of challenging these clichés and chose to represent the Amazon River through 1100 waterdrop-shaped papers arranged on the beach sand. Each paper contains news about the Amazon River from around the world in eleven different languages, accessible through QR codes. Conceived in three phases, the artwork transforms the papers after their beach exhibition into an installation with suspended papers and, subsequently, into recyclable material. "Tears of the Sea River, the Amazon River" challenges stereotypes and draws attention to the importance of the Amazon River, raising awareness about its role in shaping global opinions. Additionally, the artwork promotes sustainability by engaging the audience in paper recycling workshops and contributing to discussions about environmental aspects related to the Amazon, such as oil extraction in the region, which poses a risk to the Amazon River.
Curatorial text by Rita de Cássia do Monte Lima.
Translation: Lonelas.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB / Lonelas. 2023. Tears of the Sea River, The Amazon River. Installation. Photo: Lonelas. Location: João Pessoa - PB
As bandeiras de São João são elementos icônicos das festas juninas no Nordeste brasileiro, carregando consigo tradições, cores e simbolismos intrinsecamente ligados à cultura da região.
Originárias de Portugal, essas bandeiras têm uma história rica que se entrelaça com a religiosidade, a agricultura e a celebração. A origem das bandeiras de São João remonta à Europa, onde a celebração do solstício de verão e a festa de São João Batista coincidiam. Com a expansão da colonização portuguesa para o Brasil, essa tradição foi trazida para cá, adaptando-se aos elementos culturais e climáticos locais. As bandeiras são confeccionadas com tecidos coloridos e decoradas com motivos juninos, como fogueiras, balões, flores e símbolos religiosos. As cores predominantes são o amarelo, o vermelho e o verde, que representam, respectivamente, o milho, o fogo e a folhagem típica dessa época do ano. Essas cores também estão relacionadas à fertilidade da terra e à colheita, uma vez que as festas juninas têm raízes agrícolas, marcando a época da colheita do milho.
As bandeirolas nas festas juninas têm uma relação direta com os santos populares São João, Santo Antônio e São Pedro. Esses santos têm suas festividades celebradas durante o mês de junho, e as bandeirolas surgiram como uma forma de homenageá-los e decorar os espaços onde as festas acontecem.
São João flags are iconic elements of the June festivals in northeastern Brazil, carrying with them traditions, colors, and symbolism intrinsically linked to the region's culture.
Originating from Portugal, these flags have a rich history intertwined with religiosity, agriculture, and celebration. The origin of São João flags dates back to Europe, where the celebration of the summer solstice and the feast of Saint John the Baptist coincided. With the expansion of Portuguese colonization to Brazil, this tradition was brought here, adapting to local cultural and climatic elements. The flags are made of colorful fabrics and decorated with June motifs such as bonfires, balloons, flowers, and religious symbols. The predominant colors are yellow, red, and green, representing respectively corn, fire, and the typical foliage of this time of year. These colors are also related to the fertility of the land and the harvest, as the June festivals have agricultural roots, marking the corn harvest season.
The "Lágrimas do Rio Mar, o Rio Amazonas" project is an homage to these São João flags, utilizing their vibrant colors and symbolism to create a meaningful artistic statement. Just as the São João flags have cultural and historical significance, this installation aims to evoke a connection to the Amazon River while engaging with the playful and imaginative spirit of northeastern Brazil.
Bandeiras de São João. 2023. Foto: Lonelas. Local: Recife - PE. / Flags of São João. 2023. Photo: Lonelas. Location: Recife - PE.
O trabalho artístico foi desenvolvido durante a imersão no Espaço Arapuca Arte Residência sob o edital ‘Panapaná - Novembro das Artes 2023'. Foram intensos 10 dias imersivos em meio a natureza construindo obras que fizeram parte da exposição integrante da programação do projeto que tem como temática “natureza e natureza imaginada: interseções entre tradição, arte digital e IA”.
Os artistas foram acompanhados pelos mentores Cris Peres e Serge Huot, ambos artistas visuais, além da curadora e historiadora de arte, Rita do Monte.
The artistic work was developed during the immersion at "Arapuca Art Residency" under the announcement 'Panapaná - November of the Arts 2023'. It was an intense 10 immersive days amidst nature, building these works that were part of the exhibition that is part of the project's programming, which has as its theme “nature and imagined nature: intersections between tradition, digital art and AI”.
The artists were accompanied by mentors Cris Peres and Serge Huot, both visual artists, and by the curator and art historian Rita do Monte.
Obra produzida na "Arapuca Arte Residencia" em de 2023, sob mentoria de Cris Peres e Serge Huot. Projeto Panapaná das Artes Visuais pela Fundação Espaço Cultural - FUNESC. Fotos: Thercles Silva. Local: Conde - PB. / Work produced at "Arapuca Arte Residencia" in 2023, under the mentorship of Cris Peres and Serge Huot. Panapaná Visual Arts Project by Fundação Espaço Cultural - FUNESC. Photos: Thercles Silva. Location: Conde - PB.
Obra produzida na "Arapuca Arte Residencia" em de 2023, sob mentoria de Cris Peres e Serge Huot. Projeto Panapaná das Artes Visuais pela Fundação Espaço Cultural - FUNESC. Fotos: Thercles Silva. Local: Conde - PB. / Work produced at "Arapuca Arte Residencia" in 2023, under the mentorship of Cris Peres and Serge Huot. Panapaná Visual Arts Project by Fundação Espaço Cultural - FUNESC. Photos: Thercles Silva. Location: Conde - PB.
Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB / Lonelas. 2023. Lágrimas do Rio Mar, O Rio Amazonas. Instalação. Foto: Lonelas. Local: João Pessoa - PB